Vamos rasgar a Bíblia?
ANTES, um lembrete. A instituição que, ao longo da história, ateou fogo em livros considerados heréticos foi a Igreja Católica. Queimou uns e proibiu a circulação de outros tantos. Agora, a resposta à pergunta do cartaz aí em cima: não, nós não vamos rasgar nem queimar Bíblias. A Bíblia é sagrada para milhares de pessoas. E devemos saber respeitar a liberdade religiosa de cada um.
Respeito que, infelizmente, muitos daqueles que crêem na Bíblia não têm por aqueles que apenas lutam por direitos iguais. E essa é a grande diferença entre vocês, religiosos, e nós, homossexuais.
Vocês são intolerantes. Querem nos evangelizar à força. Intrometem-se nas nossas vidas. Acreditam que, falando em nome de Deus, têm permissão para incitar o ódio contra nós. Pregam o amor ao próximo, mas amam somente aqueles que obedecem às suas ordens.
Nós, ao contrário, não invadimos seus templos e igrejas para atacar ninguém. Não espancamos seus fiéis só porque são fiéis. Não censuramos as suas preces. Não repreendemos a sua sexualidade. E nem fazemos campanhas para exterminá-los.
Sim, se fôssemos da mesma laia que vocês, poderíamos rasgar ou queimar Bíblias apenas para ofendê-los. Mas, de que adiantaria? O que ganharíamos com isso? A sua homofobia não vem da Bíblia, vem da sua ignorância. A sua homofobia não vem de Deus, vem da sua desinformação e má-fé.
A minha diarista é evangélica. Crê em Deus acima de tudo. E não sabe nem escrever o nome direito. Mas, ainda que a homossexualidade seja um mistério para ela, não há um pingo de ódio homofóbico em seus olhos.
(Saiba mais sobre Marcos Guinoza aqui.)
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Acho que não se deve envolver a religião nessa história. Sou heterossexual e católico ativo, não penso em deixar a minha religião por ser homossexual, sempre fui bem aceito, apesar de vários conselhos que recebi da igreja, não sou proibido de freqüenta-la. Acho que os homossexuais só chegariam a queimar a bíblia de alguma religião, se algum dia, a igreja de alguma crença proibir a presença dos homossexuais, aí sim, os protestos contra isso farão que possa se caminhar a isso.
Bom.
Eu, como considero a religião um manifesto folclórico/cultural, só não o faria por respeito a todas as pessoas que usam dessa fé para sua (SOB)REVIVÊNCIA.