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Travesti é morta e jogada de cima da passarela em Castanhal

20 agosto 2016 Nenhum comentário

Com requintes de crueldade, 16 LGBTs já foram foram assassinados por LGBTfobia no Pará, somente esse ano. O índice corresponde à média de 2 LGBTs mortos por mês, vítimas da violência e da intolerância. Os dados são da Delegacia de Crimes Discriminatórios e acompanhados pela Gerência de Proteção pela Livre Orientação Sexual da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). O caso mais recente foi registrado na madrugada de ontem (19), no município de Castanhal, na região nordeste do Pará. A travesti assassinada, identificada pelo prenome social de Brenda, idade não divulgada, foi encontrada morta às 4h30, com vários golpes de faca pelo corpo, numa passarela, na rodovia BR-316, no centro da cidade. O número de facadas não foi divulgado por peritos do Instituto Médico Legal.

Informações repassadas por uma testemunha a policiais civis, e que ainda estão em fase de apuração e investigação, indicam que Brenda trabalhava como garota de programa na noite. Uma amiga dela, que também é travesti, e prestou depoimento na qualidade de testemunha, relatou à polícia que viu quando 2 homens se aproximaram de Brenda e acertaram com ela um programa.

Os 3 subiram em uma passarela e poucos minutos depois a testemunha só ouviu os gritos da vítima. Os criminosos fugiram do local pela rua da Cosanpa. Segundo o gerente de Proteção pela Livre Orientação da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Beto Paes, o caso também será acompanhado pela delegacia de crimes discriminatórios. “É o órgão que tem atuado fortemente nestes casos”, frisou, ao enumerar que esse ano os registros de violência contra LGBTs já somam 37 ocorrências.

Beto Paes destaca que a principal dificuldade enfrentada por ele e por representantes do Movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros) é a falta de sensibilização por parte da sociedade.

“A gente se depara com a falta de sensibilidade, humanidade das pessoas entenderem o LGBT como uma pessoa normal”, lamentou. Para ele, o mais triste sobre os casos de assassinatos de LGBTs é que todos são feitos de forma muito violenta.

Fonte: Diário do Pará